Prancha da Reichenbachia de flor que
seria, hoje classificada como Vinicolor.
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Cattleya
warneri, T. Moore ex Warner 1862,
Subgen, Cattleya, sec Cattleya Lindley ...1877
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O
nome |
warneri
de Warner, que a descreveu, em 1862. |
Ocorrência |
Espírito
Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e ilha da
Trindade. |
Aspecto
vegetativo |
Os bulbos se assemelham muito com os da Cattleya labiata,
ou seja, são ligeiramente achatados e fortemente vincados.
A grande diferença entre as duas plantas, no entanto se encontra
nas folhas, que na C. labiata, são bem mais estreitas
e eretas, enquanto que, em C. warneri são bem mais
largas e deitadas. Os que sustentam que as duas são a mesma
planta submetidas a condições ecológicas diferentes
afirmam que a forma das folhas não são caracteres
distintivos, mas resultado de adaptações a meio-ambientes
diferentes. |
Flor |
Maior
que em Cattleya labiata, com sépalas convexas e pétalas
que tendem a cair para frente, como “orelha de cachorro perdigueiro”.
De 2 a 3, flores por haste, raramente mais. Plantas adultas e entouceiradas
oferecem um belo espetáculo de muitos bulbos floridos. A
flor produz, basicamente, as mesmas variações que
apresenta a C. labiata, mas é muito maior, atingindo,
por vezes, 25 cm de envergadura, como é o caso da C. warneri
alba ‘Colossus’. Uma forma cerúlea já
foi premiada pela AOS com um FCC de 91 pontos. Um clone brasileiro,
do cultivador Sergio Barani, com o nome do seu filho Bruno, ganhou
um AOS/AM de 81 pontos. |
Perfume |
Delicado,
mas persistente, com uma fragrância delicada, intenso no período
de atração do polinizador, abelha. |
Pragas
e doenças |
Muito sujeita ao ataque de cochonilhas, parda e Boisduval, estas
que se instalam na inserção do bulbo com a folha escondidas
pela espata floral e pelas bainhas que recobrem o pseudobulbo. As
cochonilhas pardas costumam se esconder no verso das folhas, onde
sugam produzindo manchas amareladas. Trata-se com óleo mineral
e pulverização com agrotóxicos. Sofrem, também,
de doenças fúngicas e bacterianas, que produzem podridões
e que podem levar a planta à morte. São, ainda, alvo
fácil de viroses. |
Cultivo |
O bom cultivo e as condições ambientais (espaço
de cultivo bem claro, mas sem sol direto, bom arejamento e elevada
umidade relativa do ar, com média entre 60% e 70%) a ela
oferecidas são fundamentais ao sucesso. Prefere temperaturas
entre 20 e 28º durante o dia e 15 e 20º, à noite,
suportando temperaturas mais baixas no inverno. Vai melhor em vasos
de barro, bem drenados e com substrato leve e bem poroso (entre
os mais comuns, xaxim desfibrados, coxim, fibra de coco e casca
de pinus ou barbatimão. Trocar a cada dois anos, sob pena
de definhamento da planta.
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Híbridos |
É enorme a descendência de C. warneri, com mais
de 9.500 registros. Pela facilidade com que se alia a Cattleya e
a outros gêneros afins, tem sido muito usada na produção
de híbridos. Híbridos bem sucedidos: Cattleya
Samba Crush, de Roberto Agnes, para o orquidário Aranda;
C. nobilis, de 1912, etc. |
Referências de consulta |
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Bibliografia |
Cattleya
warneri, L.C. Menezes - Naturalia Publications
The Cattleyas and Their Relatives, Volume I, The Cattleyas, Carl
L. Withner, Timber Press |
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Flor de Cattleya
warneri vista por trás, com destaque para a inserção
do pedúnculo nas sépalas |
Lc. Eximia, híbrido
clássico de
Laelia purpurata x Cattleya warneri,
registrado em 1890 por Veitch. |
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Cattleya Samba Crush.
Registro de Roberto Agnes, da Aranda.
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Fotos: C.
warneri, Lc. Eximia e detalhe de Raimundo Mesquita
C.
Samba Crush e C. warneri alba de Sergio Araujo.
Proibida
a reprodução |
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