Catasetum pileatum ‘Carmen’
Foto e cultivo: F.Setembrino

   



Familia
Subfamilia
Epidendroideae
Tribo
Cymbidieae
Subtribo
Catasetineae

O nome

O nome Catasetum é uma palavra híbrida, proveniente do grego “Kata” que significa para baixo” e do latim “Seta”, que significa “seda”.  O gênero foi descrito em 1822, por Richard ex Kunth, tendo como tipo a espécie Catasetum macrocarpum.

Ocorrência

O gênero Catasetum contém mais de cento e setenta espécies sendo a grande maioria epífita. São encontrados desde o México até o norte da Argentina, com maior concentração de espécies no Brasil (Amazônia e em Mato Grosso).

Existem cerca de cem espécies no Brasil.

O Catasetum pileatum é, provavelmente, a espécie mais popular deste gênero devido ao tamanho avantajado de suas flores, razão pela qual é muito usado nas hibridações.

Aspecto vegetativo

Apresentam pseudobulbos carnudos, oblongos e anelados, cespitosos, com algumas folhas dísticas, estreitas, nervuradas, cujas bainhas, sobrepostas, recobrem os pseudobulbos depois que secam.

A inflorescência é produzida das gemas dos nós laterais dos pseudobulbos, perto da base, de forma ereta, curvada e pendente, apresentando flores masculinas e femininas, o que pode variar dependendo da quantidade de sol.
As flores masculinas aparecem em maior quantidade do que as florações femininas, tendendo estas para o branco e amarelo-esverdeado.

Flor

Flores de 7 a 10 centímetros de diâmetro, com cerca de 4 a 10 em cada haste floral que emerge da base do pseudobulbo.

Pragas e doenças

Como as orquídeas em geral, são sujeitas ao ataque de cochonilhas, pulgões e ácaros. O combate pode ser feito, preventivamente, através de pulverizações periódicas dos inseticidas normais encontrados nas melhores casas do ramo.
Suas raízes atraem caracóis  que podem ser combatidos com as iscas vendidas na praça, à base de metaldeído.

Cultivo

Devem ser cultivadas em clima quente, de preferência em vasos de plástico (mesmo em garrafas pet), sem furos nos fundos, apenas com furos laterais (vide desenho exemplificativo abaixo). Os primeiros furos laterais devem ser feitos  a 3 ou 4 cm do fundo permitindo que se forme um reservatório de água que deve ser preenchido com pedras, cacos de telhas ou isopor. Acima desta camada, coloca-se  o substrato (um mix de casca de pinus e pedra brita). A água retida no reservatório  permite manter a umidade necessária para o desenvolvimento da planta, mas sem deixá-la permanentemente molhada.

Adubação normal, podendo ser colocada no fundo do vaso, na área que chamamos de “piscina”.

Sempre é conveniente diminuir muito a rega durante o período de dormência, voltando a regar normalmente quando as raízes dos novos pseudobulbos começarem a crescer.

Precisam de boa ventilação e não necessitam de muita insolação.

Híbridos

Podemos citar alguns híbridos naturais de Catasetum pileatum:
Catasetum × dunstervillei G.A.Romero & Carnevali (1989) = (Catasetum discolor × Catasetum pileatum)
Catasetum × issanense = (Catasetum longifolium × Catasetum pileatum)
Catasetum × tapiriceps = (Catasetum macrocarpum × Catasetum pileatum)
Catasetum × wendlingeri  = (Catasetum pileatum × Catasetum planiceps)

Dos híbridos não naturais mais interessantes destacamos o Catasetum João Stivalli, resultante do cruzamento entre o Catasetum Mary Spencer {(Ctsm. socco x Ctsm. pileatum) x Ctsm. pileatum} – portanto, matematicamente falando, 75% pileatum, que produz uma enorme gama de variações, destacando-se os mais claros e esverdeados, como o clone abaixo, batizado de ‘Leblon’:

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Catasetum João Stivalli ‘Leblon’
Foto e cultivo: F. Setembrino

 







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Catasetum pileatum ‘Carmen’, premiado na AOSP
Foto: João Carlos Chaves
Cultivo: F. Setembrino
Catasetum Orchidglade ‘Gávea’
Híbrido primário: Ctsm. pileatum x Ctsm.  expansum

Mero exemplo do vaso com furos apenas laterais


Texto: Fernando Setembrino Márquez de Almeida
Revisão e colaboração: Delfina de Araujo


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