nome

O nome

Do grego Dendron = planta + bios = vida, ou seja, vida sobre árvores. Nobile, do latim, nobre.

O Gênero

Dendrobium Swarz é um gênero muito grande de orquídeas tropicais de cerca de 1200 espécies. Ocorre em regiões tropicais ou subtropicais, nos mais diversos habitats, na Ásia continental, assim em regiões insulares como Filipinas, Borneu, Austrália, Nova Guiné e Nova Zelândia.

A espécie

Dendrobium nobile e espécies relacionadas são nativas de Burma, Índia, Tailândia e Indochina. São epífitas e, algumas vezes litófitas, desde planícies, ao nível do mar, até as montanhas frias do Himalaia, a elevações de 1.400 metros. Tem como principal característica serem muito fortes e resistentes, aclimatadas a fortes variações de temperatura, de forte calor até regiões de geada. Secas, estas espécies e seus híbridos sobreviverão a temperaturas de inverno de 1º a 2ºC e ainda florescerão em setembro.

A planta

Tem como principal característica os bulbos em forma de canas, que, nos habitats ou quando bem cultivadas, atingem até cerca de um metro de altura. Formam grandes touceiras e tem folhas caducas, que caem, nos bulbos mais antigos e até o do ano anterior, antes da floração.

As flores

As flores, conhecidas como “olho-de-boneca”, vão de branco a lilás escuro e brotam, em grupos de duas a três, por vezes mais, nas axilas das folhas.
Uma das mais desejáveis características do Dendrobium nobile, como grande número de outras espécies do gênero, é a de florir mais de uma vez no mesmo bulbo. O bulbo do ano nunca floresce, mas florescem o do ano anterior e os mais antigos formando um conjunto de extrema beleza.

Exigências climáticas

Apesar de na Ásia e regiões onde vegeta naturalmente, no Brasil só floresce bem nas regiões de clima temperado, como as regiões serranas, onde no outono possa se beneficiar de quedas de temperatura de cerca de 10º, entre dia e noite.

Cultivo

O Dendrobium nobile não é muito exigente quanto a substrato, suportando bem substratos antigos e já ácidos.
Não gosta de ser muito replantado, sendo preferível ir completando o substrato enquanto a planta couber no mesmo vaso. Quando não mais couber é melhor quebrar o vaso, se de barro e, sem mexer nas raízes (um jato forte de água é a melhor maneira de limpar o substrato velho), levar para um vaso que possa recebê-la por três ou quatro anos.
Se o vaso for de plástico, pancadas laterais ajudam a retirar o bolo raízes-substrato.

Rega

A rega é um dos segredos para um bom cultivo e grande florada de Dendrobium nobile.
Nunca regue em excesso essas plantas, uma rega semanal é suficiente, ou duas, nos períodos muito quentes. Nos 3 meses que antecedem a época de floração, habitualmente julho, no Brasil (mas, atenção, vêem sendo desenvolvidos híbridos que florescem praticamente o ano todo), cesse completamente a rega, até que a planta comece a desenvolver os botões florais e, aí, regue com muita moderação, quase que só pulverizando o substrato.
Você será premiado com uma enorme quantidade de lindas flores que cobrem a planta de cima em baixo.

Adubação

A adubação segue as regras gerais para orquídeas epífitas: primavera e verão

Híbridos

É enorme a quantidade de híbridos de Dendrobium nobile disponíveis no mercado, sendo que o Brasil é um dos grandes produtores mundiais, sobretudo pelo trabalho de um advogado paulista de origem japonesa, Sebastião Nagase.
O principal problema para quem cultiva esse gênero é que os híbridos são mais plantas de decoração, já que poucos são registrados na RHS.


Dendrobium nobile

Dendrobium Yukidaruma King   “Boneco de Neve”, exemplo de planta bem cultivada.

Dendrobium Raimundo Mesquita

Dendrobium Helena Eyer

Hibrido de Dendrobium nobile

Dendrobium nobile

Dendrobium Tardio

Texto e fotos: Raimundo Mesquita
A ilustração que abre esta apresentação é extraída da LINDENIA

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