Laelia purpurata, Ldl.

 
É planta de porte alto que produz rácemos florais que sustentam de 3 a 5 flores.
O período mais comum na produção de flores é nos três últimos meses do ano.
As flores são de grande beleza, sobretudo quando em conjunto, e são de grande variedade de cores, indo do branco puro - a variedade alba, até o púrpura escuro, a que os especialistas dão nomes como atro-purpúreas, passando por uma imensa variação de cores e desenhos, sobretudo nas pétalas, como venações e manchas.

A grande beleza da flor é acentuada pelo labelo, de cores muito variáveis e que, de certo modo, determina a ordem classificatória das diversas variedades aceitas nos estados em que esta espécie é mais cultivada: Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

  L. purpurata - Foto: Raimundo Mesquita

 
Algumas das variedades mais usualmente aceitas, todas determinadas pelo colorido ou desenho do labelo, são:
  1. Aço
2. Anelata
3. Ardósia
4. Atro
5. Cárnea
6. Cerúlea
7. Gracicata
8. Mandayana
9. Marginata
10. Multiforme
11. Oculata
12. Orlata
13. Roxo-bispo
14. Telha
15. Vinicolor
16. Werkhäuseri
L. purpurata - Foto: Raimundo Mesquita
 
O desenho e padrões de cor nos segmentos florais, particularmente no labelo e pétalas, também têm muita importância na classificação horticultural: venosa, maculata, orlata, argolão, flâmea, virginalis, vinicolor, Alba, rosada, concolor, labeloide, trilabelo, peloriada, etc.

 
Híbridos

A Laelia purpurata tem dado uma enorme contribuição à formação de híbridos de grande beleza.

Quem consultar a Sander's List vai verificar a enorme quantidade de híbridos em que essa planta entrou: mais de 13.000.
 
L. pulcherrima - Foto: Raimundo Mesquita
A Laelia pulcherrima é um
híbrido antigo, feito em 1898,
a partir de Laelia purpurata
cruzada com Laelia lobata
(sin. boothiana).

 
Cultivo

Cultivar Laelia purpurata não é difícil, embora ela exija o atendimento de alguns requisitos que são essenciais: luz abundante, umidade relativa do ar bastante elevada, local de cultivo muito arejado e intensa fertilização, sobretudo nos meses que antecedem a floração.
O vaso de plantio não deve ser grande, o que torna, às vezes, complicado arrumar as plantas na bancada do orquidário, dado o porte avantajado da planta.
O vaso de plástico preto tem sido o preferido pelos orquidários comerciais por permitir menos regas.
 
Usos Artísticos e Culturais

O mais importante deles, simbolizando a afeição que os brasileiros tem pela Laelia purpurata, foi a adoção dessa flor para logomarca da 15ª Conferência Mundial sobre Orquídeas, que se realizou no Rio de Janeiro, em setembro de 1996, tendo como sedes, o Hotel Glória (da parte científica) e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (da parte florística e da exposição)
logo 15ª WOC

 
Para saber mais consulte, entre outros, o livro de Lou Menezes -"Laelia purpurata", em edição da Editora de Expressão e Cultura ou o CD de Marcos Antonio Campacci - "Flora Brasileira, Orquídeas", além das obras clássicas, de Hoehne - "Iconographia" e de Pabst e Dungs - "Orchidaceae Brazilienses".
Por igual, a nossa revista Orquidário publicou inúmeros artigos sobre o gênero Laelia.


O gênero brasileiro Laelia vem sofrendo, recentemente, profundas revisões. Algumas são tão radicais que praticamente o eliminaram, como a de Cássio van den Berg que, pela análise seqüencial de DNA, o levou para o gênero Sophronitis ou como os trabalhos de Vitorino Paiva Neto que, em parceria com o botânico francês Guy Chiron, constituíram uma série de outros gêneros para abrigar as várias espécies brasileiras.
   
L. purpurata venosa - Foto: Raimundo Mesquita


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