DIAGNÓSTICO E CONTROLE DE DOENÇAS
E PRAGAS EM ORQUÍDEAS
As
orquídeas podem ser frequentemente acometidas
por doenças causadas por bactérias, fungos
ou vírus ou atacadas por pragas desde a fase de
plântulas até a fase adulta. A vulnerabilidade
da plantas às doenças e ataques de insetos
está associada a fatores abióticos como
temperatura, umidade excessiva aliada à uma drenagem
deficiente, nutrição inadequada como, por
exemplo, a adubação excessiva com nitrogênio,
fitotoxicidade, captação de substrato ou
salinidade alterada. PRINCIPAIS DOENÇAS FÚNGICAS Antracnose - Ocorre o colapso do ápice da folha em decorrência de queimaduras de sol na folha molhada. Em seguida começam a aparecer manchas formadas por círculos concêntricos. No centro desta lesão há produção intensa de esporos que vão disseminar a doença. Deve-se remover a planta da coleção, pois esses esporos se disseminam facilmente através da regar. Remover as folhas afetadas e enterrar. Fungos que atacam a parte aérea das plantas não sobrevivem quando estão nos solo devido à concorrência de outros fungos que produzem antibióticos. Quando a doença ocorre em bulbos ou raízes estes devem ser queimados. Mancha do fusarium - O bulbo começa a ficar retorcido, pois o fungo coloniza o xilema obstruindo o fluxo de seiva da planta e diminuindo a exsudação. São transmitidos de vaso a vaso pela bancada contaminada. A planta vai morrer. Algumas vezes isto leva alguns anos. Muitas pessoas têm a tendência de colocar essas plantas na árvore criando então um foco de disseminação da doença. Devem ser queimadas e o vaso desinfetado por imersão em hipoclorito a 10%. Podridão de risoctonia - Controle da rega Podridão negra - É causada por Phytophtora cactorum e Pythidium ultimum às vezes separados ou em infecção mista. São introduzidos por vasos, substrato ou água contaminada ou por drenagem deficiente. Caracteriza-se pelo aparecimento de cor negra nos bulbos e por odor desagradável. O tratamento é feito pela aplicação do fungicida Previcur. Ferrugem - Ocorre mais frequentemente em Oncidium. Sempre na face inferior da folha com grande produção de esporos. Colocar a planta em quarentena. Remover a folha afetada e queimar. Aplicar fungicida de contato à base de cobre ou clorotalonil. Mofo cinzento - È causada pelo fungo Botrites cineria e acomete folhas senescentes e em flores em ambientes de alta umidade. O combate é feito com Cercobim pulverizado com o botão ainda fechado para não mancha-lo. Manchas foliares - São causadas por diversos tipos de fungos causando vários tipos de manchas. São facilmente controláveis, mas podem ser fatais para seedlins ao atingir a idade adulta a planta adquire resistência. PRICIPAIS DOENÇAS BACTERIANAS Podridão mole - È causada pela Erwinia carotovora ou chrysantemi e acometem principalmente phalaenopsis. A bactéria degrada cristais de pectatos de cálcio presentes nas folhas levando ao amolecimento das mesmas. A folha apresenta manchas com o aspecto de encharcada e apodrece e exalando um odor pútrido muito forte, podendo matar a planta em dois dias. Como prevenção deve-se fazer um maior espaçamento entre os vasos, fazer adubação equilibrada e rica em cálcio. Deve-se remover a folha afetada e pulverizar com sulfato de cobre ou tetraciclina que são terapias superficiais que protegerão as folhas que ainda não foram infectadas. Esta pulverização deve ser feita nas horas mais frescas do dia de preferência antes do anoitecer, pois a maior demora da evaporação da água vai permitir que o produto fique mais tempo em contato com o patógeno e evita-se a queima pelos raios solares. PRINCIPAIS
DOENÇAS VIRÓTICAS Vírus do Mosaico do Cymbidium (CyMV) - Os sintomas são variáveis. A planta apresenta um padrão de mosaico em verde claro e verde escuro com riscos na ponta externa da folha e coloração escura no verso. Vírus da mancha anelar do Odontoglossum - Manchas anelares que são muito freqüentes em Oncidium. O vírus pode ficar na semente junto ao embrião dando origem a novas plantas infectadas. Atualmente foi produzido um kit diagnóstico capaz de identificar a infecção por essses 3 vírus. O Nome é ELISA fast & easy orchid vírus test e custa em torno de R$70,00 o teste. São tiras semelhantes a tiras de teste pH (immunostrip) que identifica os três tipos de vírus. É vendida em potes contendo 25, 50 ou 1000 tiras. Apresenta-se em um saquinho onde você coloca a folha suspeita que ficará em contato com a tira. A folha é então macerada e após alguns minutos aparecerá na tira linha(s) de precipitação correspondente ao(s) vírus responsável pela infecção. Vírus da Mancha da Orquídea - Orchid fleck vírus. Muito comum em Oncidium na natureza. A inoculação do vírus é feita de forma mecânica por objetos cortantes ou picadas de insetos. O controle é preventivo feito pela desinfecção dos instrumentos de trabalho. Pela eliminação dos insetos picadores e pela destruição da planta infectada.
INSETOS E PRAGAS MAIS FREQUENTES Percevejos - (Miridae) Tenthecoris orchidianum é um
inseto de coloração amarela e negra e causa
a estigmose que é o esbranquecimento da parte
da folha afetada. Esta lesão se dá pela
hidrólise da celulose provocada por enzimas presentes
na saliva do inseto. Prevenção é feita
por vedação das laterais do orquidário
com sombrite. Evitar a presença de hibisco nas
imediações do orquidário. Pulgões (Aphidae) Pulgão amarelo que ataca os brotos e botões. São facilmente controlados com a aplicação de óleo mineral, pois estes insetos usam a carapaça para realizar trocas gasosas que ficarão impermeáveis com a aplicação do óleo. Trips - Limita o trânsito internacional de plantas - Estão associados a tecidos jovens ou a partes da planta ainda enroladas, pois não toleram luminosidade. Também provocam o esbranquecimento da folha. Vespas - Eurytomidae - coloniza os bulbos que intumescem. Atacou as purpuratas da Aranda. Queimar os bulbos afetados e aplicar inseticida sistêmico nas plantas não afetadas como prevenção. Lesmas e caracóis - Combates com iscas lesmicidas ou catação manual à noite.
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