Restinga, um habitat em perigo


As restingas são cordões arenosos paralelos à costa e de formação geológica recente. Estas formações podem apresentar formas variadas como barra ou planície e nelas podemos encontrar  dunas de areia formadas pela ação dos ventos.
Na restinga do estado do Rio de Janeiro uma vegetação herbácea e arbustiva cresce em solo arenoso, salgado e instável e está sujeita a condições extremas de temperatura, ventos fortes, escassez de água e grande insolação.
Apesar destas condições aparentemente adversas, a flora da restinga é bastante rica e de grande potencial paisagístico e medicinal.
Várias espécies de orquídeas são encontradas neste bioma, destacando-se a Cattleya intermedia, pela quantidade e variedade de cores e formas.
Atualmente as áreas ocupadas por restinga são bastante reduzidas e continuam ameaçadas.
No estado do Rio de Janeiro, assim como ao longo de todo o litoral brasileiro, a causa da destruição é a constante alteração da região costeira, decorrente da pressão imobiliária, construção de estradas e portos, e outros usos diversos como para retirada de areia, pastagens, plantações, lixões e exploração de lenha, além do fogo.
No caso específico das orquídeas e, em especial da Cattleya intermedia, a coleta indiscriminada já destruiu grande parte das populações desta espécie, que hoje se encontra bem reduzida.


Cattleya intermedia
em solo arenoso. (Foto: MRABraga)

 
Vegetação arbustiva de restinga com Cattleya intermedia (foto MRABraga)

 
Área de restinga invadida por casas (foto Sylvio Pereira)


Restinga transformada em pastagem e com vegetação invasora (foto MRABraga)