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Nosso
símbolo Símbolo da OrquidaRIO - Sociedade Brasileira de Orquidófilos, o gênero Sophronitis permanece como um dos mais delicados e belos exemplos de orquídea nativa brasileira. Verdadeiro patrimônio nacional, o gênero fiel e patrioticamente só floresce no Brasil (*) em suas 8 (oito) espécies já conhecidas, identificadas e descritas por botânicos ilustres, desde o século passado e que são as seguintes: Soph. coccinea- (Lindley J.) Reichenback H. G. Soph. brevipedunculata - Cogniaux A. (Fowlie J.) Soph. bicolor - Francisco Miranda Soph. cernua - Lindley J. Soph. wittigiana syn. roseum - Barbosa Rodrigues Soph. açuensis - Fowlie J. Soph. pygmaea - Hortorum (*) a única exceção é a Soph. cernua encontrada na fronteira Brasil/ Paraguai. Tratando-se de um texto preparado para visita em nosso site, parece-nos oportuno esclarecer, que os nomes dos botânicos, em seguida às espécies por eles descritas, é praxe internacional e forma de homenagear pessoas que deram a saúde e, às vezes, a vida pela ciência. Vamos agora ao nome da planta: SOPHRON, em grego, significa modesto ou discreto, daí o nome que Reicherback deu à planta da espécie coccinea, em vista de suas pequenas dimensões. A planta foi inicialmente coletada em Bananal, São Paulo, e a ela se dera, originalmente, o nome de Epidendrum Poinceau. Coccinea deriva também do grego e significa vermelho ou escarlate. Só depois é que Reichenback viria a ver, que se descobrira não apenas uma nova espécie, mas um gênero próprio. Quando o Imperador D. Pedro II convida, em meados do século passado, o nobre alemão e botânico Von Martius, para descrever e catalogar a flora nacional, estava semeando boa dose de confusão na ciência brasileira. É que Von Martius convida, para descrever a parte das orquídeas, o belga Alfred Cogniaux. Ao fazê-lo, estava discriminando o genial botânico fluminense Barbosa Rodrigues, um gigante entre os orquidófilos mundiais. Barbosa Rodrigues descrevera, inclusive, uma das espécies de Sophronitis brasileiro, o Soph.wittigiana ou roseum. O único que se afasta do padrão vermelho, já que sua cor é rosa pálido ou vivo, mas nunca escarlate. De fato, são de variação diversas do vermelho, todos os outros, exceção feita ao Soph. cernua, que é cor de abóbora ou laranja. Nosso maior orquidófilo recusou-se, durante doze anos, a ceder seus desenhos e pranchas ao belga Cogniaux, mas afinal cedeu em nome da ciência. Quanto à utilização das espécies de Sophronitis brasileiras em hibridação, em sua maior parte elas ficam circunscritas aos cruzamentos com Soph.coccinea. Maurício Verboneen trabalhou um pouco com a roseum, mas o número de cruzamentos não foi significativo. O gênero é uma verdadeira usina geradora de força. Em experiência recente, Francisco Miranda, botânico de grande projeção internacional, cruzou Sophronitis coccinea com 4 (quatro) espécies brasileiras de grande porte, a saber: C. amethystoglossa, L. angererii, C. guttata e C. granulosa. O resultado da pesquisa é que todos os híbridos resultantes, não tinham mais do que 18 a 20 cm de altura. Nenhuma espécie tendo resistido ao potencial genético da Sophronitis, tal é a sua capacidade redutora do tamanho de outras plantas. Quanto à progênie de cor vermelha, são monopólio de espécies brasileiras, via Laelia milleri e Sophronitis, a capacidade de transmitir tal cor, que tem dado ao mundo e aos orquidófilos brasileiros, lindíssimos resultados e belíssimos híbridos. Onde quer que uma orquídea vermelha do grupo das Cattleyas floresça, o símbolo da nossa OrquidaRIO estará presente. |