Ano 5 - edição nº 4 - julho/agosto de 2003




Notas sobre Orquídeas - O Gênero Catasetum

Ódio ou Paixão

O gênero Catasetum, assim como alguns times de futebol, despertam nos aficionados por orquídeas, uma relação de ódio ou de paixão.
Talvez por isso alguns tiveram essas plantas em suas coleções e, por não saberem cultivá-las, logo as abandonaram, outros tantos nunca tentaram e alguns poucos se tornaram verdadeiros apaixonados por essas orquídeas.
Porém, de um tempo para cá, esses conceitos vêm aos poucos desaparecendo. Isso se deve, ao meu ver, pelo maior número de plantas em exposição e pelo trabalho desenvolvido pela ABRACC - Associação Brasileira dos Cultivadores de Catassetíneas e pela Chácara Bela Vista.
Os simpósios organizados pela ABRACC e o seu jornal têm permitido a divulgação das espécies e híbridos, como também a publicação de estudos sobre as catasetíneas.
Já o Bela Vista, talvez seja o único orquidário comercial que possui, propaga e preserva os belos catasetum. Por tudo isso, já é possível ver um número maior de pessoas que cultivam e têm sucesso com essas belas plantas.
Para dar minha contribuição, pretendo desenvolver uma série de artigos sobre esse gênero, que, todos sabem, é o meu preferido.
Vou começar pela etimologia, seguindo-se histórico, modo de cultivo, pragas e doenças, híbridos mais famosos, grandes cultivadores, papel das sociedades, distribuição das espécies brasileiras e galeria de fotos na internet).

ETIMOLOGIA

Catasetum - Palavra latina que significa cerda ou antena para baixo (do grego katá = de cima para baixo, do latim seta = cerda, pelo áspero ou antena).
Muitas espécies desse gênero possuem, nas flores masculinas, dois prolongamentos (antenas ou apêndices) que partem da antera e se dirigem para o centro do labelo, funcionando como gatilho, disparando as políneas quando um inseto as toca, grudando-as no dorso do agente polinizador.

Bibliografia:
Dicionário Etimológico das Orquídeas do Brasil, Pe. José Gonzáles Raposo, cmf, pag. 32.

Luciano Henrique